terça-feira, 20 de março de 2018

O Rio de Janeiro continua lindo, mas também muito perigoso.


Nos últimos dias a tensão na cidade maravilhosa se amplificou ainda mais com o execução a tiros da vereadora Marielle Franco. Mulher, negra, ativista e defensora dos direitos humanos, ela se opunha e denunciava bravamente a Polícia Militar fluminense e a violência nas comunidades cariocas. Eu sempre fui uma pessoa utópica! Sempre acreditei em um mundo melhor, sem guerras, desigualdades, violência, mas, crescendo e amadurecendo aceitei a triste realidade que isto é impossível. E a realidade do Rio de Janeiro nos coloca em um turbilhão de baixas expectativas para a cidade ou um país melhor. E a culpa é de quem? Não há um culpado em específico. Existe um sistema corrupto e frágil. Os problemas da cidade do Rio vão muito além da intervenção da segurança pública pelo Exército.
Os políticos são interessados em mandatos e não em resolver as questões prioritárias. Procurar resolver a violência no Rio exige um investimento em educação e outras políticas públicas que não dão retorno nas urnas. Muito pelo contrário, a longo prazo muitos dos atuais políticos não seriam reeleitos.
Neste caleidoscópio de interesses, a maioria dos políticos governam satisfazendo os próprios interesses e não a população. E fica aqui a minha indignação não só pelo assassinato cruel de Marielle Franco, mas por todas as pessoas vítimas de um sistema que deveria oferecer uma vida digna e melhor para todos, sem distinção de raça, credo e cor. E enquanto o Brasil for dirigido por pessoas incompetentes, o equilíbrio da Nação estará sempre à mercê dos politicamente incorretos.


Raquel Gonçalves
Itália